terça-feira, 28 de outubro de 2014

O fim sem começo.



O meu coração bate em uma velocidade que eu fico quase que sem ar, preciso respirar fundo algumas mil vezes por dia, olhar tantas vezes fotos sua sabendo que eu nem deveria já que você foi embora e eu sei que preciso te esquecer, mas essa missão no momento é quase que impossível, me agito, me tremo inteira e sinto borboletas se revirando aqui dentro de mim. Preciso te esquecer! As vezes eu esqueço que preciso disso por tanto precisar de você, desejar o seu sorriso, por tanta falta sem sentido, tudo grita em mim. 

Milhares de pausas rápidas durante o dia pra mais uma vez te olhar, te admirar, olhar fundo nos seus olhos de dentro de uma imagem e tentar entender, saber o que sente e pensar em tudo o que eu gostaria de fazer pra você e por você. Então eu paro mais uma vez, respiro, vou ao banheiro e respiro de novo, o mais fundo que eu conseguir e me olhando digo: - Esquece, acabou outra vez! Iludindo a mim mesma, agora eu estou bem!  Me faço de forte e tento pensar que não devo mais pensar em você e assim penso ainda mais e digo de novo, acabou, preciso esquecer. Fico curiosa tentando decifrar os mistérios de se terminar algo que nunca começou e de tentar entender como se começa algo sem começar e terminar algo sem nunca ter começado e sem vontade de saber como teria sido, como se tem um fim antes do começo, assim como já era amor antes de ser, e isso, não faz o menor sentido.



Que estranho, será que você nunca existiu?! Não pode ter sido tudo fruto de um sonho inconscientemente projetado em algo que em um piscar de olhos estava bem ali na minha frente, tudo durou apenas um pouco do tempo dentro de pouco tempo e depois vivemos apenas um fim atrás de fim. Sério, eu não estava nem ai, a sua voz que eu achava engraçada hoje me tira risos frouxos de quem está apaixonada, eu não sei em que momento eu me perdi. Talvez tenha sido naquele momento onde eu estava me deixando levar e você tomou domínio da situação, longe de tudo e todo mundo, sentindo apenas o seu corpo suado no meu, e aquilo nunca mais aconteceu. Ou talvez na madrugada em que eu senti a sua falta, levantei assustada e fui ao encontro seu, nem era preciso falar mais nada. O que estava sendo único pra mim, pra você não significava nada.



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